‘Pediu ajuda, mas mataram’: parentes relatam execuções e cenas montadas com corpos por policiais no Jacarezinho

Poças de sangue coagulado no quarto de menina de 9 anos que testemunhou execução de suspeito Foto: Mauro Pimentel / AFP
Facebook
Twitter
WhatsApp

RIO — Um dia depois do massacre no Jacarezinho, parentes de mortos na operação policial denunciaram supostas violações cometidas pelos agentes. Entre os relatos, há possíveis execuções e denúncias de vítimas mortas a facadas e de cenas montadas com corpos por policiais. Também se repetiram as histórias de quem viveu momentos de terror durante a presença da polícia na comunidade, com helicóptero atirando do alto, bandidos pulando em lajes e policiais arrombando portas.No Instituto Médico-Legal (IML), onde esteve para liberar o corpo do marido, uma auxiliar de serviços gerais de 25 anos afirmou que o companheiro foi morto em um beco. Segundo ela, que preferiu não se identificar, Jonas do Carmo dos Santos, de 32 anos, era ajudante de pedreiro.

— O meu marido foi baleado na perna, chorou e pediu ajuda, mas eles mataram mesmo assim — disse a viúva.

Parentes contaram que Jonas já foi preso, mas cumpria pena fora da cadeia. Na última segunda-feira, ainda de acordo com a família, ele se apresentou à Justiça para assinar a liberdade provisória e pôr tornozeleira eletrônica.

— Não achamos a tornozeleira. Eles mexeram nos corpos — acrescentou a viúva.

ACESSE AQUI O GLOBO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *