Mãe de Bernardo suplica: ”Se alguém estiver com ele, por favor, devolva”

foto: Reprodução/Facebook
Facebook
Twitter
WhatsApp
Tatiana da Silva Marques, 30 anos, mãe do menino Bernardo, cujo pai disse ter matado, não perde as esperanças de ainda encontrar o filho com vida e, em entrevista ao Correio, nesta quinta-feira (5/12), faz um apelo caso alguém esteja com o garotinho.
“Queria muito que, se alguém estiver com meu filho, a pessoa veja o que eu estou passando e me devolva o Bernardo”, suplica a advogada, que também agradece o conforto que tem recebido. “De vez em quando olho as redes sociais e muitas pessoas dizem que estão comigo, que eu vou achar meu filho.”
A possibilidade de Bernardo ainda estar vivo não foi descartada pela polícia. Os depoimentos de Paulo Roberto se mostram inconsistentes. Nesta quinta-feira, uma nota da Secretaria de Segurança Pública informava que o corpo de Bernardo não foi achado no local onde o pai disse ter jogado, à beira de uma estrada rumo à Bahia.
Tatiana também diz achar estanha a versão sobre a ida do ex-companheiro à Bahia, pois ele não conhecia ninguém lá.

Sequestro na sexta-feira

Paulo Roberto pegou Bernardo na escola na última sexta-feira (29/11) e, diferentemente do que havia combinado com Tatiana, não o levou até a mãe. No domingo, ele entrou em contato por meio de mensagens de áudio, dizendo que a advogada nunca mais veria o menino.
Servidor do Metrô-DF, Paulo Roberto foi preso na segunda-feira (2/12) em Alagionhas (BA). Em um vídeo, em que aparece algemado, disse que jogou o menino no mato, na estrada, enquanto ainda dirigia rumo à cidade baiana. Ele também disse que sua intenção inicial não era matar, mas dar um susto.

Passado desconhecido

Tatiana diz que nunca desconfiou de que Paulo Roberto pudesse ter problemas psicológicos. A advogada diz não saber que ele tinha ficado em uma prisão psiquiátrica por ter matado a própria mãe nos anos 1990 e que só passou a ter problemas com o pai de Bernardo, com que nunca se casou, após dar entrada na Justiça com um pedido de pensão.
“Só agora fiquei sabendo que ele tinha sido preso porque matou a mãe. Ele só me falava que a morte dela tinha sido uma tragédia e que um dia ele me contaria. O Paulo era mais calado, não se abria. Em janeiro deste ano, quando o pai morreu de diabetes, ele se fechou ainda mais”, diz.
Tatiana afirma ainda que não sente ódio pelo pai de seu filho. “Ele é uma pessoa doente e quero que ele vá se tratar. Quando estava normal, ele tratava todo mundo muito bem. Tinha aniversário da minha mãe que, se eu esquecia, o Paulo lembrava e mandava flores para ela. Quando ele fez isso tudo, estava fora de si”, acredita. /// Correio Braziliense

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *