Líder do MDB vê caminho aberto para Previdência dos estados

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM)/Agência Brasil
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O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), disse nesta quarta-feira (18) que, dos projetos considerados prioritários pela equipe econômica do governo, a reforma da Previdência para estados e a proposta de emenda à Constituição que reduz salários de servidores para disciplinar os gastos públicos são as que têm mais chance de aprovação célere. Ou seja, de serem votadas nas duas casas ainda no primeiro semestre de 2020.

Na segunda-feira (16), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a PEC que inclui estados e municípios na reforma da Previdência pode ser aprovada se os deputados excluírem outros pontos colocados pelos senadores, como o fim de isenção para empresários rurais.

“Se a Câmara não quer resolver ela toda agora, simplifica e manda de volta para o Senado, que votamos”, afirmou Braga durante evento de fim de ano com jornalistas.

Maia  criticou o texto aprovado pelo Senado que prevê o adiamento, para 2025, da entrada em vigor da regra de cálculo do valor da aposentadoria que leva em conta a média de todos (100%) os salários de contribuição.

A proposta restabelece, até 2021, a média de 80% sobre os maiores salários, vigente antes da reforma. O percentual sobe para 90% em 2022 e, finalmente, para 100% da média de tudo a partir de 2025.

Para o presidente da Câmara, o ideal é aprovar a admissibilidade, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, apenas da parte referente aos entes federados.

O líder do MDB afirmou que há poucas chances de avanço da reforma tributária. Segundo o senador, a falta de uma proposta unificada do governo dificulta a tramitação.

Eletrobras

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), criticou a gestão do ministro Bento Albuquerque à frente do Ministério de Minas e Energia, pasta que ele comandou no governo de Dilma Rousseff.

Entre as insatisfações, estão a promessa não cumprida de reduzir em 40% o preço do gás e o modelo de privatização proposto para a Eletrobras. O emedebista declarou não ser contra o princípio da privatização, mas criticou o projeto do governo por não manter a golden share.

Polarização em 2022

O senador disse  que as eleições presidenciais de 2022 devem ser polarizadas entre Jair Bolsonaro e um candidato escolhido pelo PT.

“Não há hoje um nome que arregimente o apoio de uma força de centro”, disse ao descartar os nomes de João Doria (PSDB) e Luciano Huck.

Para ele o resultado da economia será fator decisivo na eleição. Hoje ele acredita que há percepção de melhora, mas que está restrita “a ilhas” compostas por empresários, sobretudo do agronegócio. No entanto, ele não descartou que a economia melhore na percepção geral do brasileiro até 2022 e o atual governo de Jair Bolsonaro seja reeleito. /// Congresso em Foco 

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