Governo Wilson não dará calote na saúde, afirma vice governador Carlos Almeida

Vice Governador Carlos Almeida tratando sobre os calotes da gestão passada na saúde do Amazonas
Vice Governador Carlos Almeida tratando sobre os calotes da gestão passada na saúde do Amazonas
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O vice-governador e secretário estadual de Saúde, defensor Carlos Almeida (PRTB), reafirmou o compromisso do governo Wilson Lima (PSC), de que irá organizar o sistema de pagamentos para evitar atrasos e acúmulo de dívida, como a que encontrou quando assumiu, há pouco mais de um mês. Segundo o Governo do Amazonas, a dívida recebida é de R$ 1,1 bilhão com fornecedores, boa parte empresas de serviços médicos e não médicos contratados para as unidades da Secretaria de Estado de Saúde (Susam).

Almeida disse que encontrou a Saúde em um caos e que precisará de tempo para resolver tantos problemas. “Há uma situação tanto critica quanto crônica, uma desorganização histórica da Secretaria da Saúde, em diversos pontos que não poderiam falhar com a população, mas se encontram falhando há anos”. Em meio a tantos problemas, ele destacou a questão dos atrasos de pagamento e o abastecimento, como os mais urgentes no momento e que estão tendo prioridade.

A dívida de 2018, segundo ele, é de R$ 600 milhões e de 2017 para trás são mais R$ 500 milhões, que juntas somam R$ 1,1 bilhão. “Essa secretaria possui em aberto mais de R$ 1 bilhão não pago aos fornecedores. É um valor que não se paga em 30 dias e deve ser feito criteriosamente”.

Pela manhã, em reunião na Susam com representantes das empresas médicas, na presença da deputada Mayara Pinheiro, Carlos Almeida colocou a situação financeira do Estado e disse que, mesmo com as dificuldades de caixa, o governo vem fazendo um grande esforço para regularizar o pagamento das empresas.

Compromisso – O secretário reafirmou o compromisso do governo Wilson Lima em pagar os meses correntes para evitar novo acúmulo de dívida. Disse, ainda, que o Estado está buscando outros meios para quitar a dívida herdada. Entre as possibilidades estão a permissão da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para usar recursos do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI), além da contratação de uma operação de crédito com uma instituição financeira.

Na exposição que fez aos médicos sócios das empresas, Almeida mostrou que o governo está sensível não só à causa deles, mas principalmente a dos trabalhadores terceirizados, com salários atrasados, tanto que está dispensando R$ 65% da receita do Estado de janeiro para a Saúde, com prioridade para as empresas de recursos humanos que já estão recebendo os pagamentos acordados. Outra demonstração, segundo o secretário, foi o fato inédito de a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) ter aberto o seu sistema em janeiro para poder realizar os pagamentos. Geralmente, isso acontece somente em março.

Medicamentos – Em relação ao abastecimento de medicamentos e outros insumos hospitalares, Almeida afirmou, na entrevista, que o estoque da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), hoje garante apenas 12% do abastecimento. Ele disse que a situação já está sendo contornada, mas que só conseguirá resolver em seis meses. “Não houve (no governo anterior) o planejamento adequado para saber se tinha dinheiro para comprar e também não se deflagrou os processos licitatórios dentro do período necessário. Começamos o esforço nesse sentido desde quando iniciamos o governo, há pouco mais de 30 dias. Estamos trabalhando para que essa situação se solucione nos próximos 6 meses”, disse.

Nesse meio tempo, disse ele, a Susam está em contato direto com as unidades para que medicamentos críticos não faltem. É o caso da Riperidona, usada por pacientes autistas. Desde o segundo semestre do ano passado, pacientes estão encontrando dificuldade na rede de saúde estadual. A situação agravou ainda mais porque o Município também deixou de fornecer em suas unidades na mesma época.

Nesta segunda-feira, a secretaria anunciou que fez um abastecimento emergencial à Policlínica Gilberto Mestrinho, que é referência no atendimento a autistas. Em 15 dias, está sendo aguardada a entrega pelo fornecedor de uma remessa maior para abastecer todas as unidades da rede que dispensam a medicação

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