Em live, Bolsonaro comenta decisão do STF sobre Lula, fala de 2022 e faz alertas e comparações sobre petista

Foto: Isac Nóbrega/PR
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BRASÍLIA: Logo após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter decidido pela anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou sua live semanal para fazer comparações entre seu governo e o do petista.
“Se o Lula voltar pelo voto direto, pelo voto auditável, tudo bem. Agora, veja qual vai ser o futuro do Brasil com o tipo de gente que ele vai trazer para dentro da Presidência”, disse Bolsonaro em transmissão na internet, comparando os ministros da gestão do PT com os de seu governo.
O presidente ressaltou que o país não quebrou “no último ano” , que não quer se intitular “faxineiro do Brasil” ou “salvador da pátria” e disse acreditar que está “fazendo a coisa certa”.

Bolsonaro afirmou que a corrupção, no passado, foi generalizada e, ao lado do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, comparou o lucro do banco nos governos petistas e em sua gestão.
“Querem criticar meu governo, fiquem à vontade, mas puxem um pouquinho pela memória para ver como o Brasil era conduzido no passado.”
Em uma outra crítica ao petista, Bolsonaro, que trabalha na escolha de seu segundo ministro para o STF, lembrou que quem for eleito em 2022 será responsável pela escolha de mais dois nomes para a corte.
“Se o Lula for eleito, em março de 2023, ele vai escolher mais dois ministros para o Supremo Tribunal Federal”, disse Bolsonaro.

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Foto: Isac Nóbrega/PR

“Está previsto [sic] eleições em 2022. O Lula vai ser candidato, vai estar lá. Tira eu de combate, resolvi não disputar as eleições, quem seria o outro que iria com Lula para o segundo turno? É só fazer um raciocínio que vocês vão entender qual é o futuro de cada um de vocês”, insistiu o presidente.
A decisão do STF de anular as condenações de Lula já era esperada por Bolsonaro. No início de março, quando o ministro Edson Fachin tornou o petista elegível, o presidente foi informado por assessores jurídicos que a decisão tinha respaldo da maioria dos integrantes da corte e que ela deveria ser confirmada pelo plenário.
A aposta no Palácio do Planalto é que, com uma possível candidatura de Lula em 2022, haverá novamente uma eleição polarizada entre a esquerda e a direita, sem espaço para o crescimento de nomes de centro.
A avaliação é que a polarização permite a Bolsonaro disputar em um cenário no qual ele tem mais familiaridade, com a adoção de um discurso radical de defesa da pauta de costumes e de crítica a bandeiras progressistas.
Para assessores palacianos, em uma campanha contra um candidato de centro, o presidente precisaria moderar seu discurso político para ter mais chances de avançar sobre eleitores que o apoiaram na última eleição, como os liberais e os lava-jatistas.
Para deputados governistas, no entanto, uma polarização significa um cenário mais difícil ao presidente em um segundo turno. Eles lembram que uma coisa é enfrentar um candidato como o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e outra é ser adversário de Lula, que conta com “recall eleitoral”.
Nesta quinta-feira (15), ainda durante o julgamento, auxiliares do presidente ressaltavam que, a partir de agora, Bolsonaro intensificará em sua retórica o embate com o PT, focando, sobretudo, a crítica a escândalos de corrupção.
A ideia defendida por aliados do governo é que Bolsonaro ressalte que o retorno de Lula significa a volta da impunidade e saliente que a atual gestão não está envolvida em denúncias de irregularidades, apesar das acusações contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.

ACESSE AQUI FOLHA DE SÃO PAULO

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