Com mais de 928 mil casos de coronavírus, Brasil registra 1.338 mortes em 24 horas

Enterro em massa de pessoas que faleceram devido à covid-19, no cemitério Parque Taruma em Manaus. Foto: REUTERS/Bruno Kelly
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Em novo recorde, o Brasil registrou 37.278 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. No mesmo período, o País contabilizou 1.338 óbitos decorrentes da doença. No total, há 45.456 vítimas, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.

Com os 37.278 novos casos, o Brasil atinge a marca de 928.834 diagnósticos da doença. No dia 31 de maio, o País alcançou a marca de 500 mil casos de covid-19 e em menos de 17 dias foram mais de 411 mil novas infecções.

O Estado de São Paulo, que desde o início é o epicentro da doença, voltou a registrar um recorde do número de mortes por coronavírus em um intervalo de 24 horas. Foram 8.825 novos casos de contaminação e 365 mortes, elevando o total para 181.460 e 10.767 respectivamente. A elevação do número de óbitos acontece em um momento de flexibilização da quarentena e retomada das atividades econômicas. 

Rio de Janeiro vem na sequência da lista de Estados mais afetados, com 7.967 óbitos por covid-19 e 83.343 casos, acompanhado pelo Ceará, que possui 82.169 infecções confirmadas e 5.192 óbitos. 

Em números absolutos, o Brasil é, desde sexta-feira, o segundo país no mundo com mais mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que contam 116 mil óbitos, de acordo com os números da Universidade Johns Hopkins atualizados até 20h desta terça. De acordo com dados compilados pela Universidade, os números globais da covid-19 mostram que a curva de contágio do Brasil continua ascendente, diferentemente de outros países europeus e asiáticos em processo de flexibilização, cujos dados parecem indicar, uma estabilização no número de casos.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, disse nesta terça-feira que não observa desaceleração na pandemia no Brasil e alertou que a pandemia da covid-19 pode se estender por um longo período na região, caso as medidas de contenção do vírus não sejam adotadas ou intensificadas. 

Nesta terça-feira, 16, o Ministério da Saúde mais uma vez deixou de fazer a entrevista coletiva para prestar esclarecimento sobre as ações relacionadas ao combate da covid-19.  Na véspera, autoridades do ministério anunciaram a ampliação do protocolo para uso da hidroxicloroquina no combate à doença no país, indo na contramão da agência reguladora norte-americana FDA, que revogou a utilização emergencial do medicamento.  

A pasta segue sem ministro há mais de um mês, desde que Nelson Teich pediu demissão. Neste período o Ministério está sob a guarda do general Eduardo Pazuello, que foi oficializado como ministro interino.

Balanço da imprensa 

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os jornalistas dos seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar os números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia.

Mesmo com o recuo do Ministério da Saúde, que voltou a divulgar o consolidado de casos e mortes, o consórcio dos veículos de imprensa continua com o objetivo de informar os brasileiros sobre a evolução da covid-19 no País, cumprindo o papel de dar transparência aos dados públicos.

Nesta terça-feira, a pasta informou, por volta das 18h20, que o Brasil contabilizou 1.282 óbitos e mais 34.918 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, no total são 923.189 casos confirmados e 45.241 mortes causadas pelo coronavírus. /// Sandy Oliveira, O Estado de S.Paulo

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