Com alto fluxo de turistas, comerciantes mostram otimismo em Parintins

De olho na demanda crescente, estabelecimentos de Manaus montam estruturas provisórias na Ilha Tupinambarana
De olho na demanda crescente, estabelecimentos de Manaus montam estruturas provisórias na Ilha Tupinambarana
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O otimismo vem tomando conta de boa parte dos empreendedores em Parintins. Com a previsão de ilha lotada este ano – a estimativa é de que cerca de 150 mil pessoas circulem pela cidade durante o festival -, o comércio local vem se aquecendo e aposta no que for preciso para conquistar o gosto dos visitantes e garantir uma renda extra durante a semana em que a cidade vive seu apogeu econômico.

Nos arredores do Bumbódromo, o empreendedor Neto Rodrigues comanda um dos principais points dos visitantes na ilha, o tradicional Bar do Boi, com 15 anos de existência. Atualmente, Neto vive a expectativa de seu primeiro festival a frente do estabelecimento, gerido por seu pai até 2018. Segundo ele, o Festival é a principal forma para aumentar a receita.

“É o mês da economia na cidade porque a gente não tem outro ponto turístico nem nada que atraia as pessoas para a cidade em outras épocas. A gente precisa pensar grande e aumentar muito o estoque de cerveja, e geralmente esse pensar grande é todo vendido”, diz o empreendedor que revela a expectativa de lucrar quase quatro vezes mais que no restante do ano. “Acredito que todo comerciante grande não lucra menos que R$10 mil reais enquanto no resto do ano cai muito, uma média de R$3 mil”, revela.

A autônoma Elizabeth Mota é proprietária da loja Dominio Fashion e aposta na venda de roupas e acessórios personalizados dos bumbás Caprichoso e Garantido para atrair parte das centenas de turistas que vem a Parintins. De acordo com Eliane, as vantagens do período é o aumento no fluxo do dinheiro em espécie nas compras, mas ressalta que a preocupação, antes mesmo do lucro, é na qualidade do atendimento.

“A procura aumenta bastante e no restante do ano as camisas de boi quase não são vendidas, então aproveitamos para vender o máximo. Nós nos preparamos com bastante confecções das cores vermelho e azul, mas principalmente para  fazer um bom atendimento, o que é diferencial. O bom desse período é que a gente costuma ver mais dinheiro porque os turistas compram muito a vista e no cartão, e fora o boi, as vendas costumam ser no crediário”, diz.

De Manaus para a Ilha

De olho na alta demanda de clientes em Parintins durante o período festivo, alguns estabelecimentos comerciais de Manaus apostam na inserção de filiais na Ilha. Um exemplo é o restaurante Mr. Pizzo, uma das principais pizzarias da capital amazonense e que desde 2015, costuma abrir uma franquia durante os dias de festa. Este ano, o espaço localizado na rua Armando Prado, funcionará entre os dias 22 de junho e 3 de julho com um cardápio com mais de 60 opções de sabores.

“Parintins é a segunda maior cidade do Amazonas, isso fez com que nós quisessemos trazer uma filial pra cá. O período do Festival é de grande demanda, então está dentro da nossa linha. Nós sempre deslocamos equipes nesta época do ano, mas infelizmente é o único período que nos permite trazer uma equipe do tamanho da que trazemos”, revela o sócio-proprietário do espaço, o empresário Orlando Júnior, que salienta gerar cerca de 30 empregos diretos.

Quem também aproveita as festividades para fazer sua estréia na ilha Tupinambarana é o popular Lanche do Edmilson. Inaugurado no último domingo (23), a lanchonete fica localizada na Avenida Armando Prado e até o dia 1 de julho, funcionará como opção para os turistas e moradores. O destaque para filial parintinense é a elaboração de combos temáticos, como o ‘Sinhazinha’ (x-burguer, batata frita e suco de 250 ml) e o ‘Patixa Teló’ (x-frango, batata frita e refrigerante em lata) e até copos personalizados.

Segundo a empresária Eliane Pacheco, proprietária do local, a ideia de trazer uma filial para Parintins surgiu por conta de pedidos de amigos e moradores, durante suas vindas para a festa em anos anteriores. “A gente sempre vem pra cá, mas só pra se divertir e o pessoal cobrava muito os lanches então decidimos abrir esse ano como teste e dependendo da demanda, podemos estender a estadia nos próximos anos”, conta. Ainda segundo a empresária, o estabelcimento prioriza a produção de produtos na própria ilha, o que ajuda a fomentar ainda mais a economia no local.

“Nosso tipo de alimentação sendo um fast food e o pessoal já sabendo que é feito na hora, não tem preocupação na hora de vir comer, então temos um diferencial por essa parte. Antes de abrirmos, eu vim fazer uma pesquisa de preço e também regionalizamos os ingredientes. Apenas os industrializados e frios são de Manaus, já as frutas e verduras são todas daqui, o que ajuda o produtor da terra e até nós a baixar os preços”, conta a empresária Eliane Pacheco, responsável pelo local. /// Acritica.com

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