Ao vivo: CPI da Covid começa a tomar depoimento de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde

Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento na CPI da Covid, no Senado Foto: Reprodução
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BRASÍLIA — A CPI da Covid começou a tomar o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na manhã desta quarta-feira. Além de afirmar que teve “100% de autonomia” para montar sua equipe, Pazuello lembrou que foi convidado diretamente pelo presidente Jair Bolsonaro, em abril do ano passado, para integrar o Ministério da Saúde ainda como secretário-executivo da pasta.

Questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a qualificação que tinha para assumir cargo no Ministério da Saúde, Pazuello disse que no Exército tinha cinco hospitais sob sua responsabilidade, além da saúde de 30 mil homens, e também o atendimento a imigrantes venezuelanos.

— Isso só para falar na área de saúde. Sobre gestão e liderança, eu acredito que seria perguntar se a chuva molha, se um oficial tem competência de gestão e liderança. Se nós não tivermos, temos que começar do zero na nossa instituição. Eu me considero sim, senhor, plenamente apto a exercer o cargo de ministro da Saúde — disse Pazuello.

Pazuello chegou ao Senado Federal às 8h49. Ao contrário da expectativa, o general do Exército chegou vestindo um terno civil e não a sua farda militar. Ele chegou acompanhado de uma comitiva — e era esperado por assessores da Secretaria-geral da Presidência da República. Ao iniciar sua fala, Pazuello fez um balanço de sua atuação no Exército e destacou que tem experiência na área de logística.

Em pronunciamento antes das perguntas dos senadores, Pazuello alegou que o governo federal “agiu prontamente” no início da pandemia ao decretar emergência de saúde pública e organizar uma missão para buscar brasileiros em Wuhan, então epicentro da Covid-19. O ex-ministro disse que não há medicamentos cientificamente comprovados e, portanto, que a recomendação de fármacos “off label” por médicos é uma prática prevista. Ele não citou diretamente medicamentos como a cloroquina, que foram propagandeados em sua gestão no Ministério da Saúde, inclusive no colapso em Manaus. No início do discurso, o ex-ministro lamentou as mortes por Covid-19 em todo o país e homenageou profissionais de saúde.

Pazuello reforçou o discurso do governo de que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2020, que conferiu liberdade a estados e municípios para decretar medidas restritivas na pandemia, teria limitado a atuação do governo federal — argumento que já foi rebatido por juristas e ministros da Corte. Segundo o ex-ministro, só seria possível ao Ministério da Saúde interferir nas ações em estados e municípios com uma intervenção federal.

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