Amazonas tem seis vagas em UTI na rede pública para pacientes com coronavírus; 63 leitos estão ocupados

Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz é centro de referência para pacientes de Covid-19 no Amazonas — Foto: Divulgação/MPC-AM
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De 69 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponibilizados para pacientes de Covid-19 no Amazonas, 63 estão ocupados, segundo o governo. O estado tem, atualmente, 899 casos confirmados do novo coronavírus e 40 mortes. Todos os casos de pacientes em UTI são graves.

O Hospital Delphina Aziz é a unidade de referência para tratamento de Covid-19 no estado. As instalações do hospital chegam ao total dos 69 leitos de UTI. Com 63 já em uso, a taxa de ocupação da UTI pública chega a 91%. Na última sexta-feira (3), quando a taxa ainda era de 55%, o Governador Wilson Lima alertou para o risco de colapso na saúde.

“Dois hospitais da rede privada já nos comunicaram que já estão no seu limite, ou seja, não conseguem mais internar paciente com Covid, e cogitam transferir alguns pacientes para o Delphina Aziz. (…) Hoje estamos com 55% dos respiradores em uso, mas no ritmo em que as coisas caminham, há um risco de o sistema colapsar”, afirmou governador em um vídeo postado em redes sociais. À época do pronunciamento, o Amazonas tinha 260 casos confirmados do novo coronavírus e 12 mortes.

Segundo o governo, nesta quinta-feira, na rede privada de saúde, 36 pessoas estão internadas em UTIs. Em todo o estado, incluindo também uso de leitos clínicos – nas redes pública e privada – são 139 pacientes., 63 estão em quadro grave, sob monitoramento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública.

Além dos 69 no Delphina Aziz, a rede pública dispõe ainda de 56 leitos de UTI espalhados por outros hospitais públicos do Estado. Até então, no entanto, são disponibilizados para casos de Covid-19, os da estrutura do hospital de referência.

Medidas

Em coletiva na tarde desta quinta-feira, o secretário executivo adjunto do Interior da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Cássio Roberto Espírito Santo, comentou a taxa de ocupação dos leitos. Ele afirma que o estado ainda trabalha dentro da sua capacidade.

“A ocupação deles é muito dinâmica. Existem pacientes que são removidos do interior e vão para outras unidades, existem pacientes que estão na UTI, têm melhora e vão para leito clínico, pacientes em leito clínico, há um agravo, e há necessidade de UTI. Hoje a gente tem leitos disponíveis que estão atendendo as demandas que são necessárias”, comenta o secretário.

Entre as medidas tomadas pelo governo está a adaptação de um hospital privado que foi alugado para funcionar como hospital de campanha. Lá, o governo pretende dispor de 400 leitos clínicos e estuda instalação de UTIs com equipamentos que já adquiriu por meio do Ministério da Saúde ou comprou.

Até o momento, já chegaram a Manaus 15 respiradores enviados pelo Ministério, na última sexta-feira (4), e mais 19 respiradores comprados pelo governo que chegaram à capital nesta terça-feira.

Com 899 casos e 40 mortes, o Amazonas já tem 15 municípios – de 62 – com registros do novo coronavírus. A taxa de letalidade atual é de 4,45%. No novo balanço do Ministério da Saúde, Manaus aparece na terceira posição entre as regiões com maior incidência da doença no país – número de infecções para cada 100 mil habitantes. Atrás apenas de Fortaleza e São Paulo. /// Por G1 AM

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